domingo, 31 de julho de 2016

Idílio

Um par de olhos miúdos
Um sorriso de bom tamanho
Um coração desavisado
Açúcar
Covardia a gosto
Agosto
Lagrimas de olhos miúdos
Um sorriso apagado para sempre
Um coração partido

Amor.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Sorrir

E se o dia, ainda que cinza,
resolve sorrir pra você, com uma flor
sorrirá de volta?
e se sorrir, fará sentido?
e quando o dia, ainda que sol
faz questão de não facilitar o sorriso
nem flores, nem pássaros
você o conquista?
e haverá então sentido?
e quando a tempestade vem
perde o juízo?
mas que louca obsessão
de fazer sentido
de em tudo, haver sentido
é de lagrimas o inverno
e de loucuras
e de sorrisos
ainda que invernais
não ha sentido, nessa insana busca
dos sentidos, por algum sentido


quarta-feira, 20 de julho de 2016

Hoje aqui, talvez nunca mais
lembranças jamais serão mais quentes
que um abraço, sem intenção
memorias não são voce
e eu, hoje aqui, talvez não mais
não mais o mesmo, nunca mais

Amigos

São olhos que confortam
palavras que diminuem
constantemente o peso
de tudo que sozinho
seria difícil carregar
nossas trilhas sonoras
quase sempre se completam
nossas cenas, se entrepõem
nossas ideias, nossas visões
quase que podemos ler pensamentos
temos segredos eternos
temos confissões não feitas
temos vergonha alheia
temos um ao outro

ou não mais..
e faz falta

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Amor Omnia Vincit (poema)


Feitos um para o outro, como papel e caneta...
mas  e se fosse papel e lápis, ou papiro e pena?
E ela acordou naquela manhã revolta,
e pensou no quão anormal e antiromantico é uma tempestade logo cedo,
 sem o brilho do sol pela janela,
sem aquela sensação morna e calma...
As chances de se deprimir quando esta frio, ou chuvoso são enormes,
 mas ainda não são maiores do que se atribuir tal repentina tristeza a um amor,
 correspondido ou não... novo ou velho
 Pra uma garota qualquer,
 de uma cidade qualquer não seria diferente...
por que então eu escreveria sobre ela?

Se levanta, escolhe a roupa que mais gosta,
toma um banho antes do café preto e torradas,
 nunca havia tomado café preto nem de qualquer outra cor...
 assim pensou e sorriu,
 esse mesmo sorriso que encanta o garoto do outro lado da rua quando a vê sair,
 do mesmo brilham os olhos que tanto atraem a outra garota
 sentada no ponto de ônibus  que, por sua vez faz uma feição tao meiga quando se envergonha,
 que faz rir aquele rapaz que passa todos os dias de bicicleta,
 só pra vê-la e ele fala baixinho:
 " quem sabe um dia trago flores e canto um poema qualquer"...
 esse romantismo é tudo que aquela mulher do carrinho de pipocas
esperava de alguém, mas o cara que vende balões gosta do garoto do jornal...
 e o garoto do jornal ontem roubou um beijo da menina da livraria,
 aquela mesma que namora o rapaz do balcão da farmácia,
 mas ele nem sabe disso, e se soubesse talvez olhasse pra nossa garota
 que acordou de manha e botou um sorriso no rosto  só pra fazer ele feliz...

O amor sempre vence, sucessivas vezes, mas não isto garante felicidade ou dor.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Desexistir


Frígido olhar, não mais está
ali como outrora, corpo repousa
mente não sei, meu coração? Frigido...
a existência não é renunciável
talvez a vida, talvez presença
a existência não é renunciável
e seu eu soubesse lhe teria dito
que os falsos se esqueceriam rápido
os tolos cairiam sobre os joelhos
em prantos, sem resposta
que o mundo virtual é uma doença
ainda pior que a que te fez sucumbir
Egos são cada vez maiores
pululam falas inflamadas
profundamente ideologicas
estupidas
falsas
e quem se importa?
escolhem um lado, e mentem
o quanto podem
e sobre amor, teria dito
que descobri de forma dura
que não vale a pena morrer por ele
acho que meio tarde
mas a boa noticia, é que existe
nos olhos ávidos dos suínos
nos semi dormentes de peixes
aqui abro um parentese
não mais odeio peixes*
nas memorias, ahhh
nas memorias ha amor
no futuro ha amor
mas hoje... alem de egos
mascaras, incoerências
raivas, ressentimentos
mal entendidos
e sabe se la o que mais
não ha amor
ha teus olhos, estáticos na fotografia
frigidos...
a existência não é renunciável
quem dera fosse
desexistiriamos


ps. Talvez tenham percebido o estranho hábito de não acentuar ou pontuar os poemas (exceto quando o corretor o faz), e tem um motivo interessante, que os poucos que já questionaram souberam... São gritos em forma de poema, não há regras, não há tempo, não há chances... assim que saem de mim são depositados prontamente aqui no blog. Caso queiram as versões acentuadas e devidamente pontuadas, aguardem o lançamento do livro ^^

terça-feira, 5 de julho de 2016

é de amor...

É de amor que eles falam
quando o vinho acaba
quando a mente voa
voa e mente
escolhe o amor que lhe é prudente
entende tudo de amor o coração
que sofre puro egoismo
de não deixar partir o que já foi
que insiste no livro aberto
entende tudo de sarcasmo
o hipócrita poeta que, não diferente
mantem inúmeros livros
abertos na ultima pagina...
Falam de amor
mas amam?