sexta-feira, 8 de julho de 2016

Desexistir


Frígido olhar, não mais está
ali como outrora, corpo repousa
mente não sei, meu coração? Frigido...
a existência não é renunciável
talvez a vida, talvez presença
a existência não é renunciável
e seu eu soubesse lhe teria dito
que os falsos se esqueceriam rápido
os tolos cairiam sobre os joelhos
em prantos, sem resposta
que o mundo virtual é uma doença
ainda pior que a que te fez sucumbir
Egos são cada vez maiores
pululam falas inflamadas
profundamente ideologicas
estupidas
falsas
e quem se importa?
escolhem um lado, e mentem
o quanto podem
e sobre amor, teria dito
que descobri de forma dura
que não vale a pena morrer por ele
acho que meio tarde
mas a boa noticia, é que existe
nos olhos ávidos dos suínos
nos semi dormentes de peixes
aqui abro um parentese
não mais odeio peixes*
nas memorias, ahhh
nas memorias ha amor
no futuro ha amor
mas hoje... alem de egos
mascaras, incoerências
raivas, ressentimentos
mal entendidos
e sabe se la o que mais
não ha amor
ha teus olhos, estáticos na fotografia
frigidos...
a existência não é renunciável
quem dera fosse
desexistiriamos


ps. Talvez tenham percebido o estranho hábito de não acentuar ou pontuar os poemas (exceto quando o corretor o faz), e tem um motivo interessante, que os poucos que já questionaram souberam... São gritos em forma de poema, não há regras, não há tempo, não há chances... assim que saem de mim são depositados prontamente aqui no blog. Caso queiram as versões acentuadas e devidamente pontuadas, aguardem o lançamento do livro ^^

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