terça-feira, 9 de agosto de 2016

Sobre sorrisos e o tempo


Há de subverter a ordem do tempo
Não dos fatos, mas tempo, olhar o tempo
Como vulnerável a direção
Há de converter minutos em momentos
Momentos em memorias
Memorias em sorrisos
Converter tempo em sorrisos
Há de se inverter o tempo e
Assim reviver e resignificar
Não importa quanto tempo
Não importa o tamanho da memoria
Converter em sorrisos, não em lagrimas
Sorrisos!
Há de se submeter ao tempo, de fato
Tudo o que a ele pertence
Ou que não nos cabe resolver
Ademais, façamos por nos
“de si pra si”
Há de se precaver do tempo
De se estar o tempo todo
Alheio ao tempo que cura
Ao tempo que se foi
Ao tempo que passa
Ao tempo que lhe tira coisas
Ele não leva nada que não se permita
Ainda que inconscientemente
Ou que seja, de fato, função do tempo levar
Há de se converter o tempo
Em sorrisos, diversos
Com lagrimas
Sem lagrimas
Com vergonhas
Sem vergonha
Com covinhas
Com distancia
Com improbabilidades
Com impossibilidades
Não teus, de alguém que valha o tempo
De se abster do tempo
Pra fazer sorrir, só por sorrir

Há de sorrir e o tempo lhe sorri de volta

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