quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Primavera



O vento forte que carrega as ilusões

rompe os galhos, varre a terra

Acorda cinza, queima em sol ao meio dia

chora tempestade a tarde e dorme em brisa

Rainha do caos, da instabilidade

da indecisão, do drama, do mimimi

a mais pura expressão de amor

produz flores, e espinhos

Essência do paradoxo...




Primavera é igual aquele amiga agitadinha

que mora longe, passa um ano sem dar as caras,

mas quando chega vem chutando a porta,

abrindo a geladeira, mudando de canal na tv,

fazendo tempestade, abrindo todas as flores,

botando os bichos pra acasalar




Primavera é tipo aquele amor que

é caos, é anormal, é intenso

mas foge tanto ao clichê

que sofre mais que deveria

não é fruto outonal de esperança

é tudo certo que não se realiza

é tudo espera mas quem sabe?

é não saber nem mesmo o que dizer

fazer, pensar, sentir... e ter tudo ao mesmo tempo




Bem vinda primavera, faça seu papel

te amo e te aceito, seja como for

só não me peça pra estar

bem, mal, feliz ou triste

só deixa estar...

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Setembro


O Negro véu oculta o riso
Não o impede, mascara
Veste de amarelo a rosa
Que nasceu pra ser vermelha

Intriga desde a Grécia que
A rosa, fez se branca até que o mal
Violentamente atinge Adônis
E torna a rosa vermelha

Tragédia rima em essência
Com a flecha que não sangra
O coração mas o enlaça
Triste fim, triste enfim

A finitude, a morte desmascara a eternidade
Que prontifica a engolir o tempo
E todo sentido de existir sem esta
Rosa atemporal de setembro.

sábado, 3 de setembro de 2016

Escolhas

Em um mundo de escolhas,
 tudo que foge ao nosso controle soa surreal.
 Por vezes esquecemos que o rio corre
 sem escolher sua nascente,
 seus desvios
 e sempre terá como fim desaguar no mar
querendo ou não
 O certo é o paradoxo de sorrir o nascimento
 e chorar a fadada libertação do corpo,
 ainda que seja a unica forma
 de finalmente deixarmos esse mundo estranho
 e voltar a fazer parte do todo,
 de onde também nunca escolhemos sair...

Escolhas

Em um mundo de escolhas,
 tudo que foge ao nosso controle soa surreal.
 Por vezes esquecemos que o rio corre
 sem escolher sua nascente,
 seus desvios
 e sempre terá como fim desaguar no mar
querendo ou não
 O certo é o paradoxo de sorrir o nascimento
 e chorar a fadada libertação do corpo,
 ainda que seja a unica forma
 de finalmente deixarmos esse mundo estranho
 e voltar a fazer parte do todo,
 de onde também nunca escolhemos sair...