segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tempestade I

Ela era fria, ao menos parecia, e incalculáveis eram seus sonhos, mas não sabia onde as escolhas levariam, nem o que era opção até o momento, tudo lhe parecia tão logicamente confortavel que melhor seria se manter sem riscos...
ate o dia em que o fim postou se proximo, o mundo em caos se fez finito, e sua finitude pareceu maior que antes, pudera... nem era o mundo, era o seu mundo, o seu mundinho, cheio de cores, cheio de risos, cheio de flores, e de balões, cheio de fotos dos bons momentos... a tempestade cinza, e negra, e branca, e fria, ha tanto iminente, mas nunca havia se feito perceber com tanta força, descomunal força de quem vem pra destruir o que houver a fronte...
Havia o garoto sob o sol, e que sonhava com a garota ainda sem face, e imaginava o morno sol poente a amorenar a face e os olhos acastanhados, os cabelos como ondas alaranjadas pelo sol, olhar reticente, sonhador, e aquele sorriso que brilha os olhos, apesar dos detalhes, a face mal lhe fazia diferença... ainda que a fase de garoto lhe seja apenas lembrança, é ela que lhe faz sentir na tempestade cinza o lado bom, a força, as cores formadas pelos raios que cortam com violência o céu...
não é a historia de amor de um garoto e uma garota, mas a historia de todas as coisas, e do fim de todas elas, e da forma como se vê cada uma delas, é certo que não ha construção sem reconstrução...
Eis que veio a tempestade, e o antes garoto agora nem tanto pôs se a frente, peito aberto, corpo fechado, nada haveria de lhe ferir se estava a proteger algo alem do real, era o amor, era a amada, eram seus sonhos infantes, mas ficou ali prostrado, admirado com o poder da natureza ao enfrenta-lo também de peito aberto, e fúria impar, e protegendo o que lhe era de direito, e ela a garota, baixou a cabeça, depois a ergueu, e sentiu o vento em sua face, e abrindo os olhos pode ver, que as cores nao se ausentavam, a cada relampejo elas se faziam mais vivas... e deu graças, e com carinho singular segurou as mãos daquele que tentava a proteger, e com um osculo, e um sorriso, se entregou a tempestade de corpo e alma... o mesmo o garoto fez... e o que vem a ser contado alem disso apenas se supõe...

Um comentário:

Emily disse...

os mundos que criamos e recriamos o tempo todo e que desabam, por serem criação incompletas na sua realidade.

Mt massa.^^