"Ele sobe ao ponto mais alto do seu mundo imaginário e grita, grita todo seu amor aos quatro ou cinco cantos... quem ouve a intensidade do seu grito sente em si a intensidade que ele sente, mas não imagina a intensidade da porção que não materializar. Há quem o tenha visto subir a montanha, uns olharam com compaixão, e imaginaram o quão ruim seria sofrer tanto por alguém que nem esta ali ao seu lado, outras tentaram lha dizer que pra elas nada disso seria necessário, nada alem de carinho... outros o apoiaram, o ajudaram a subir. Muitos riram, e como riram, ou por pena ou por soberba. Jamais alguém saberá e sentirá exatamente o que ele sentiu. As cicatrizes no corpo apenas marcam fisicamente algo já tão impregnado na alma... já não há lágrimas, não há mais. Já não há frio ou calor, já não há nada que seja tão belo, já não há nada que seja tão feio. talvez seja esse o o perigo de se viver em sonhos, e em sonhos construir seu porto seguro... o que é real deixa de ter muita graça... alias nem sonhos me andam tendo muita graça.
Ele subiu ao ponto mais alto, não por ela, mas para enfim por fim em tudo, mas no momento em que decidiu se pela morte, o abismo sussurrou lhe palavras doces de esquecimento, a brisa fria percorreu lhe a espinha... aquele frio na barriga... era um sinal... Lembrou se dela, mas ela já o havia esquecido, e ele gritou seu amor... antes de cair sobre seus joelhos e em prantos agradecer ao mundo a nova chance... o abismo riu... a rocha cedeu.. aquele era o silencio que precedia o fim. abra o livro das mentiras e veja, não era ele, era você. Você morreu, o amor morreu, não há palavras que salvem... abra o livro e veja, não era ela, era você, não ouviu o pranto, não ouviu-o chama la, você não soube amar, e não há palavras que a salve... abra o livro das mentiras e veja... somos nos, mas não cheguei ao topo da montanha... somos nos, e ainda assim você não escuta... feche o livro das mentiras...não é difícil fingir que tudo é apenas mais uma parábola se sentido de uma mente romântica e doentia. durma!"
Nossa! Havia um certo tempo que não escrevia texto no estilo livro das mentiras. Costumam parecer depressivos e exagerados, mas incorrem em um tipo de sentimento estranho e intenso... ok, nao sao os melhores, mas gosto de dramatizar um pouco. não que nada tenha me desanimado um pouco, porem nada no sentido do texto, talvez insonia, ou tempo nublado, ou como diria uma amiga " algo muito profundo no meu subconsciente" kkkkkkk
Um comentário:
às vezes as coisas profundas do nosso subconsciente emergem e revelam coisas que a gente não tem muita vontade de saber. às vezes permanecer no 'emburrecimento' das águas profundas do subconsciente é bom. Mas, às vezes, e só às vezes abrimos bem os olhos para a realidade e descobrimos que ela não é tão ruim quando o que se tem guardado...
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