sexta-feira, 18 de outubro de 2013

aquele texto antigo que vc acha perdido...

Realmente não vejo graça em ser neurótico, mas dias nublados não são os melhores para meu humor... não sou bem do tipo feliz com dias ensolarados, nem com dias chuvosos, mas dias nublados me deprimem facilmente.
Busquei entender a causa deste mal, poderia facilmente se justificar pelo fato de me sentir preso, gosto de poder sair de ambientes incômodos e como o tempo também me é incomodo, acabo por ficar preso ao que me é incomodo, mas sabendo se que o ambiente pode não ser incomodo ( raramente ), ainda não entendo por que me irrito tanto....
o fato é que o mundo não compreende a arte, dizem que ela é profunda, surreal, magnifica... mas a profundeza da arte é impenetrável como a alma do artista, a surrealidade não passa de incompreensibilidade magnificamente subentendida como reflexo do externo, mas, não seria o externo reflexo da arte, sendo que o real é ainda mais incompreensível que a própria arte?
De tantas incompreensíveis invenções humanas esta o amor. Ah o amor! De tao coloridas formas, e tao formosas coloridades, o amor é arte, e a arte se serve bem do amor.  
Se tudo que é belo é arte, nunca vi nada que se comparasse a arte daqueles olhos cor de terra molhada, sobrecenhos expressivos, os lábios, cabelos, pintas, orelhas... o olhar.
Me tornei reticente como todas a vezes que devaneio sobre ela, minha vida se tornou reticente por ela, mas o homem teme tornar imperfeito o que perfeito lhe parece quando idealizado, e eu, de tao covarde que fui, juntei as flores e poemas que escrevi, e guardei junto as lagrimas que me esqueci de chorar...
me lembrei das lagrimas apenas quando, por fim, depois de eras de anonimato resolvi me apresentar. Imaginei as mais diferentes formas de o fazer sem me sentir ridículo, porem, enfim, eu sou ridículo, e quem não é?
Apanhei minhas cartas e ditei sua vida, mas ela mal percebeu que não era eu, e sim ela, parca funcional, ditadora das regras que enfim, me impunha, e sem querer, escravizei me aos teus encantos, permiti a escolha de ser amigo de alguém que amava.

 Mas foi escolha...

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Blue.


Há quem diga que a vida é cinza. Há quem diga que a vida tem a cor que você pinta, o que seria então uma vida colorida por algo que não escolha. Qualquer cor acaba por se tornar cinza, mas não blue. Ela não era azul, era em analise profunda, cor de pêssego, semi rosada.  Mas nem sempre a cor interfere no que se gosta, se sim blue seria negra com reflexos dourados e teria retrogosto frutado, era viciada em café, mas não tinha retrogosto frutado, se bem que nunca alguém havia falado sobre seu retrogosto, questionavam sim sua alcunha:
-pq seu apelido é blue? Seus olhos são azuis?
O mínimo de observação e fuga em seus olhos caramelos (com retrogosto lacrimoso), evitaria a pergunta estúpida, mas ela via a chance de enfim verbalizar a coisa toda...
-Não, deixa eu te explicar. É que...
-olha, batatas pela metade do preço. Interrompeu ele – vamos, eu pago.
E mais uma vez ela desistiu, talvez por preguiça de insistir, e não falou mais no assunto.
Certa vez no parque, blue se sentou sozinha. Fria. Apesar do céu azul estava igualmente frio. Por sorte havia um café bem perto, e ela empunhava o seu copo térmico de papel, engraçado o gosto de anis*... mas enfim, estava azul de fome.
Fernando sentou ao lado dela, ele tinha biscoito, mas não se conheciam.
É nesse momento que todos pensam: “ahhh! Mas falta terem algo em comum”. E com razão, não tinham nada, ele odiava café e ela odiava azulejos ( menos os azuis).
Mas algo nele (alem da comida) chamou a atenção dela... a coragem... sorriram, trocaram olhares, se apresentaram.
-Eu sou Fernando, mas pode me chamar de..
Ela mal esperou ele se apresentar, estava faminta.
- meu nome é Fernanda, mas pode me chamar de blue. Já pegando o biscoito dele...
-Engraçado, pq blue? Você  gosta de blues?
-Até gosto, mas o motivo é outro... É que meu sobrenome é marinho.
-Engraçado, o meu sobrenome é celeste...

Apesar das cores, descores e dias incolores, neste dia marinho encontrou celeste, e finalmente, ficou tudo azul.

terça-feira, 16 de julho de 2013

caminhos


- mas Pierre, me sinto como se não pudesse decidir que caminho seguir... to perdida.

-Ao menos sabe o que quer encontrar?

-Sei o que não quero encontrar, e sei o que não quero perder... quero envelhecer com vc.

O sol invernal se punha em toda sua aurora, as nuvens alaranjadas ou rosadas, com tonalidades adocicadas criava uma aura onirica, infante... e foi Pierre quem disse:

-Rosa, veja bem, não são poucos os caminhos, são muitos, centenas de milhares,  eu sou apenas um palhaço, tudo que sei é  fazer feliz, sem escolhas ...mas note que de tantos caminhos que se cruzam, todos levam ao mesmo horizonte, para partes diferentes do mesmo horizonte, escolha qualquer um deles, leve consigo apenas tudo que lhe faz sorrir, mesmo que um sorriso triste, se tem medo de perder, abandone assim que comece a pesar, e apesar de parecer estupido, terá a chance de tropeçar nos frutos bons do seu abandono adiante. Para não encontrar aquilo que não quer, mantenha por perto e sob controle, nada pior que ser pega de surpresa... Enfim, sou um palhaço, tudo que sei é te fazer sorrir, se ao final do dia se deitar  para repousar sob as estrelas e a tempestade insistir, serei as gotas que insistem em te cutucar, e se não se agradar, apago as nuvens e pinto novamente as estrelas no lugar... se na manha o sol tiver preguiça e o dia cinza insistir, vou cantar no teu ouvido e colorir teu dia... e sempre que se sentir sozinha ou perdida, veja o por do sol e siga em sua direção, se lembre de sorrir para todas as flores que eu plantar no seu caminho... sei que é dificil não estar juntos para sempre, mas contos de fadas são caros, seguirei contigo todos os passos que precisar que esteja ao teu lado, estarei contigo quando o por do sol for tao grande quanto nosso amor, morreremos de amor bem velhinhos... só não me peça pra te ajudar a escolher, não me peça mais do que te fazer feliz pra sempre...

Tudo bem pierre, ninguem é perfeito mesmo... disse rosa e sorriu, e pensou "vc é perfeito"

terça-feira, 9 de julho de 2013

Apenas nua...

Ela acordou, mal abriu os olhos e sorriu, hoje era o dia.  Levantou com preguiça mas, animada, escovou os dentes, lavou o rosto, se olhou bem no espelho e afirmou,  "vc é capaz". Passou o dia experimentando roupas mentalmente, procurando a mais adequada para aquela situação. Por fim era chegada a hora. tomou banho, usou o melhor sabonete, não se onanizou naquele dia, queria se concentrar e estar pura. usou aquele hidratante que cheira flores, e aquele perfume que transformava o caminho em um campo de flores. A roupa certa, maquiagem sutil apenas realçando  a beleza do rosto...
algumas horas depois la estava ela, pronta... caminhou até a mesa e colocou sobre a mesma seu coração devidamente puro e sua alma devidamente lavada... foi decepcionante perceber que ninguém estava ali, e o ninguém que estava ali daria atenção a qualquer coisa menos a almas e corações... foi assim que as prantos resolveu tirar toda a roupa e esconder o sorriso... muitas pessoas apareceram, fotógrafos, curiosos, tarados, invejosas... muitos vieram ver seu corpo em pelo, a carne morna e impura, mas ninguém viu sua alma e seu coração expostos.
É assim que um artista se sente quando insistentemente expõe sua alma e coração e ninguém se interessa, e em protesto, coloquei a foto acima.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Feliz dia dos namorados noivos recém casados!

O mundo é mesmo estranho, sempre esperei amor de filme, daqueles com cores, sabores, incertezas, musicas de fundo, brigas bobas... Um dia acordei pra realidade, percebi que amores traem, que nos condicionamos a esperar mais dos outros que deveríamos
, que amor de filme só acontece em filme, que amor a primeira vista é coisa de livro de menina, e que chorar não vale a pena...
foi exatamente neste momento que percebi que todos meus amores foram de filme, todos com musicas, todos com cores, com apenas um problema.. foram no passado e eu não poderia viver algo passado no presente ou futuro, então desisti...
Certo dia entrei na sala na universidade, curso novo, pessoas novas, todas patéticas, todas estranhas, passei dias achando isso.. até que surgiu a figura mais linda que meus olhos bregas já viram, caminhando como quem não se importa, como se o mundo girasse apenas para que o sol e a lua pudessem dividir o mesmo período de tempo a admirando. Conheci o amor, mas não admiti, transformei na maior amizade que já havia tido, foram longos debates, foram dias, meses até que não fosse mais possível suportar ver e não tocar... todas as pequenas cenas eternas foram descritas aqui no blog, sendo assim, nada mais justo que deixar bem claro também aqui que "o grito" se tornou sussurro poético nos ouvidos de alguém que me ensinou a sorrir, que me ensinou a ser feliz... feliz dia dos namorados Anne, eu te amo escandalosa, ululante e eternamente!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

...

 .
.." enquanto eles tentam explicar o amor, me questiono quantas vezes seria possivel se apaixonar pelas mesmas causas, pelas mesmas musicas, pelas mesmas pessoas.".. Leticia pensou um pouco mais e achou justo comprar um mocaccino antes de se sentar naquela praça fria... violão, cigarros e um bom café... isso era amor, acabara de se apaixonar por aquele momento... "Não queria encontrar alguem, queria me encontrar... e gostei do que vi"

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O amor é sobre flores... Uma manada de mamutes sobre as flores

E se o sol não amanhece, não só de sol faz se o dia, se a manhã é cinza, e amanha? O mundo as vezes perde a cor, e há um hiato até que possamos pintar novamente com as cores que queremos... e tem dia que não queremos.
tem dias que a vontade é de não amanhecer, de permanecer cinza, dormir o final de semana todo, se desligar de tudo...  mas esse mundo pós moderno é um pouquinho autônomo, se vc não o colore rápido, alguem colore como quer, coloca outdoors, propagandas subliminares, gengivas nucleares, sorrisos mostrando as ogivas...
digo que do caos nasce o homem, e o mesmo se adapta nesse mundo morno, buscando a intensidade do caos como viciado a droga... Procuramos felicidade fazendo a procura pesar mais que um elefante emplumado, buscamos amor mas não a calma que este traz, sim o eterno equilíbrio desequilíbrio, brigas e resoluções. Nos colocamos como regra do que é certo, como se fossemos perfeitos buscando a imperfeição.  Não há perfeição, Não há imperfeição, não há nada alem de dias cinzas, dias azuis, dias brancos, dias monótonos para transformarmos em caos a nosso bel prazer...
mas abra o livro das mentiras intermitentes, ainda se lembra do livro negro com o palhaço na capa, não? me diga que não trabalha hoje o oposto do que prega, quer felicidade mas cultiva tristeza, quer amor mas se o tem exige dele a perfeição que o mesmo não DEVE ter, quer paz mas que seja através de guerra, quer o mundo em suas mãos para que o trate da mesma forma que trata de si próprio, mas afinal, nem mesmo estas feliz. Feche o livro das mentiras e viva o amor, essa manada de 17.834.302 mamutes deporte médio e semidepilados correndo louca e ululante, emitindo grunhidos, risos e pesares, sobre as  e folhas, sobre as folhas em branco, sobre as palavras que vc não disse, sobre os atos que nunca realmente foram, sobre a covardia que te faz humano, demasiado humano, sobre o livro e as mentiras . o amor é sobre flores... uma manada de mamutes sobre as flores.

 Musica pro dia, The worst day since yesterday -  Flogging molly:


quarta-feira, 6 de março de 2013

me aprumo


Nem se sabe ao certo quantas vezes se perde o rumo, me aprumo novamente e me preparo para o desconhecido, para a nova queda, para as novas palavras, para os novos livros e novas mentiras. Difícil tirar de tudo uma lição, difícil uma só lição, mas de todas me fica uma, a de que não importa o que se faça, o mundo tira de ti tudo aquilo que se conquista com o pretexto de crescer pessoalmente, mas não se cresce. E não me venha com o velho discurso de que é o curso do rio, escreve torto por linhas retas, sou o caos e qualquer tipo de paz interior não me pertence.
               Porem, não me faz triste, ou frustrado. Faz-me realmente forte, me faz supor a ausência total de regras que te inclinam ao paraíso, ou a uma pacifica e inturbulavel passagem por um plano de existência ínfimo se comparado com a vida eterna ou eterno retorno, a eternidade são seus sonhos, o eterno retorno são tua queda, não ao pó retornaras, mas tua face ao chão retornará nem uma, nem duas, nem centenas, mas milhares de vezes. E não é a maldade do mundo ou sua falta de amor próprio, nem questão de caráter e religiosidade, é uma questão física, de gravidade, e se supondo a gravidade das afirmações, sim, se aflija, tire tuas vestes e te escandalize às ruas. Deus morreu? o amor ‘ainda não’? Abra o livro das mentiras, não há mais palavras.

ps. texto antiguinho, mas é legal
ps2: voltei pra facul, fazendo historia desta vez, isso explica a falta de tempo kkkk
ps3: esse mes tem free hugs!!!!
ps4: sdd desse blog!!!!