segunda-feira, 26 de outubro de 2015

R.I.P

Eu queria poder escrever num poema
tudo que vivemos, tudo que falamos
Os planos insanos, os dias ruins
que não foram poucos
mas ao mesmo tempo queria
que teu sorriso debochado
seus olhos de Gabriela
e tuas gírias de gente velha
estivessem aqui tambem
e teu abraço quente
e tua fala desesperada
de quem quer me convencer
e tua presença, que reluto em acreditar
que não vou ter novamente
mas.. não posso
e eu me lembro exatamente
das ultimas falas de carinho que tivemos
alias, quase todas eram
e do ultimo dos segredos
bombástico
e a foto da fadinha que te dei ha 10 anos
das mensagens de voz me chamando de "cabrí"
A gente teve uma vida toda em pouco tempo
mas não importa agora o que eu quero
aprendi contigo a não julgar
não me sobrepor a vontade de ninguem
e que cumplicidade tem um significado real
e que a melhor experiencia do mundo
as vezes não é a do grande amor
mas daquela amizade incrível
Te confidenciei ha pouco
que não conseguiria ser feliz sem voce
eu não menti, nunca mais serei
mas como me ensinou a lidar bem
com esse sofrimento chato e cotidiano
Vou continuar aqui, ok?
agora somos 4 de 5
vc nos uniu, não nos separaremos
e todas as outras promessas que fiz
vou cumprir assim que der
e um poema assim tão grande
é pq não quero terminar
não quero que nada disso acabe
não quero perceber que vc se foi mesmo

isso não pe um poema, mas um grito
um grito que não é o ultimo
que apesar de  preceder o silencio do choro
não vem antes, e sim depois do fim

mas que não seja o fim então
vejo vc nas pessoas, nas cartas
nas roupas tuas que ficaram comigo
nas fotos, mensagens e audios
nas lagrimas, nos dias cinzas
nas sacanagens e duplos sentidos
nos livros, nas coisas
vc esta em mim, vc esta viva em tudo ainda
e o pedacinho de vc em mim vai viver pra sempre

Vai em paz, descanse em paz, e nos encontraremos...
está tudo bem agora...


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